Para o Ayurveda de linhagem tântrica, os processos de somatização constituem-se na base para se desenvolver um trabalho com técnicas do Chikitsahastha ou Chikitsapada, aqui denominadas de Massagem Mármica.
Seguindo as ideias presentes na cultura do Ayurveda, cristaliza-se em nós variada gama de vivências e, quando certas experiências são mal resolvidas, elas podem gerar tensões, bloqueios e, por fim, couraças e toda esses eventos levam ao surgimento de um estado de Daurmanasya (estado de desequilíbrios, dores e doenças).
Desenvolveram-se, a partir dessa escopo de pensamento, variadas e inúmeras técnicas de toque, mais tarde denominadas de massagem. Certamente que esse trabalho foi desenvolvido na antiga civilização hindu e foi-se espalhando pelo mundo oriental (Tailândia, China, Japão e outros) e pelo mundo ocidental (Grécia, Roma).
No mundo hindu, a massagem ayurvêdica de linhagem tântrica, tinha, como foco, o objetivo de impedir que os estados de desequilíbrio e de desarmonia se concretizassem. Ao final de todo esse processo, conseguia-se eliminar, na sua raiz, as doenças, de qualquer natureza.
De acordo com a cultura Ayurvêdica, sabe-se que o Prana – a bioenergia cósmica – vivifica todas as formas e todos os seres e movimenta o Dharma individual e este movimenta o Dharma Universal em um contínuo fluxo cósmico de energia, força, poder e consciência.
Quando se faz um trabalho com sessões de terapia do toque – Massagem Mármica – (Chikitsahastha ou Chikitsapada), a ideia central é de fazer com que as estagnações energéticas sejam extirpadas, para que flua, em todos os Shariras, o Kriya Shakti, despertando em nós vitalidade, saúde e força.
Segundo os Yogues Rishis da Índia Antiga, principalmente aqueles ligados ao Ayurveda tântrico, em Sthula Sharira (corpo físico) formam–se concentrações de Nadis e estas concentrações são sensíveis de serem “perturbadas” por situações de conflitos psicoespirituais mal resolvidos. Tais regiões recebem o nome de Marmas.
Com as técnicas da Massagem Mármica, busca-se ativar essas regiões mármicas, delas retirando os nós energéticos que funcionam como obstáculos para um fluir natural e intenso do Prana Vayu, a energia que nos traz, não só a vida, mas, principalmente, a nossa consciência, a nossa sabedoria e, mesmo, a nossa espiritualidade.
Mestre Arnaldo de Almeida –Shivam Yoga Ashram –Rua São José, n. 21 – Centro – e Rua Achiles Gonçalves Coelho, n. 89 – Bairro Nossa Senhora de Lourdes – Ouro Preto – MG – Tel.: (31) 3551-3337 e (31) 8743-1255 – e-mail: shivamyoga@hotmail.com
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